Agosto Lilás: como identificar os tipos de violência contra a mulher?

Agosto marca o mês da campanha Agosto Lilás, uma ação 100% dedicada à conscientização e combate à violência contra a mulher. A campanha foi lançada no mesmo mês, em 2016, em uma alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que neste ano completa 18 anos. A principal finalidade da campanha é conscientizar e mobilizar a sociedade para discutir e combater as variadas formas de violência que as mulheres enfrentam todos os dias, fomentando a construção de uma cultura que destaque a importância do respeito e da igualdade.

Quais comportamentos podem considerados uma violência contra a mulher?

Esse é um problema multifacetado, representados por condutas violências que se manifestam de diferentes maneiras. Cada tipo de violência é igualmente grave e causa danos profundos à integridade física, psicológica e emocional das vítimas, gerando impactos também na sociedade como um todo. De acordo com a Lei Maria da Penha, os principais tipos de violência contra as mulheres são:

Violência física

Essa é talvez a forma mais visível de agressão. A atitude violenta inclui qualquer ação que cause danos à integridade física da mulher, como apertões, tapas, empurrões, socos, estrangulamentos e queimaduras. Esses comportamentos provocam, além das marcas físicas, cicatrizes emocionais e psicológicas que podem gerar traumas por toda a vida.

Violência psicológica

É caracterizada por ações causadoras de danos psicológicos e emocionais, que afetem a autoestima da mulher. Alguns exemplos de violência psicológica são: ofensas, humilhações, ameaças, isolamento social e manipulação. Esse é um tipo de violência é frequentemente utilizado como estratégia para controlar e subjugar a vítima, criando um ambiente de medo, submissão e dependência.

Violência sexual

É outra forma grave de agressão, envolvendo quaisquer atos sexuais não consensuais ou que cause desconforto, dor e humilhação à mulher. Isso pode incluir estupro, coerção e ameaças para a prática de atos sexuais, toques indesejados e exploração sexual. É um tipo de violência que infringe profundamente a dignidade e direitos da mulher.

Violência patrimonial

Refere-se a atos de subtração, destruição e retenção financeiras, de objetos, documentos pessoais e bens da mulher, com o objetivo de controlar ou limitar sua independência. A violência patrimonial pode incluir desde o controle do dinheiro da vítima até a destruição de documentos importantes, como passaportes e diplomas.

Violência moral

A violência moral se manifesta por meio de difamações, injúrias e calúnias, atentando contra honra e imagem da mulher. É um tipo de violência que traz muitos prejuízos emocionais e psicológicos, uma vez que envolve uma disseminação de boatos provocados com o objetivo de descredibilizar e envergonhar a vítima.

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A campanha Agosto Lilás busca, além da conscientização, a promoção de ações educativas e preventivas para proteção da mulher, palestras, debates e a distribuição de materiais informativos. Essas são iniciativas essenciais para mudar mentalidades e comportamentos e criar um ambiente mais seguro, onde as mulheres possam viver livres de medo da violência.

Se você foi vítima ou conhece alguém que tenha passado por algum episódio de violência contra a mulher, denuncie. O 180 é uma Central de Atendimento à Mulher, que recebe as denúncias e encaminha aos órgãos competentes.

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